quinta-feira, 22 de junho de 2017

BALAÃO, UM PROFETA QUE AMOU O PRÊMIO DA INJUSTIÇA.

Ai deles! Porquanto trilharam o caminho de Caim, ávidos pelo lucro se jogaram no erro de Balaão, e foram tragados pela morte na rebelião de Corá (Judas, 11).
Os quais, deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça. Mas teve a repreensão da sua transgressão; o mudo jumento, falando com voz humana, impedindo a loucura do profeta (II Pedro, 2.15,16).

Encontramos o registro da história de Balaão em Números 22-24. Israel, estando no deserto a caminho da terra prometida, acampou nas campinas de Moabe, para além do Jordão, perto de Jericó (Números 22:1). Isto fez Balaque, rei de Moabe, ficar com muito medo e ele enviou mensageiros a Petor, um lugar na Mesopotâmia, várias centenas de quilômetros de distância para trazer Balaão a sua presença, para que ele amaldiçoasse a nação de Israel. Balaque temeu quando viu a numerosa nação de Israel acampada próximo as suas terras. Ele diz: “Um povo que saiu do Egito cobre a face da terra e se estabeleceu perto de mim. Venha agora lançar uma maldição contra ele, pois é forte demais para mim. Talvez então eu tenha condições de derrotá-lo e de expulsá-lo da terra. Pois sei que quem você abençoa é abençoado, e quem você amaldiçoa é amaldiçoado”(Números, 22.5,6).

A Fama de Balaão foi que "aquele a quem ele abençoou foi abençoado e a quem aquele amaldiçoou foi amaldiçoado" (Números 22:06). Se você lê todo o registro de Números 22-24 vai descobrir que Balaão tinha inicialmente uma atitude piedosa. Quando os servos de Balaque se aproximaram dele, ele só prometeu-lhes que iria depois de verificar o seu pedido com Deus. Quando Deus lhe disse para não ir com eles, ele obedientemente os mandou embora. Isto é o que um homem que anda no caminho certo faria e foi isso que Balaão também fez. Ele ia, obviamente, andar nesse caminho. Porém, Balaque prosseguiu ainda em enviar mais príncipes, e mais honrados do que os que já tinha enviado. O quais vieram a Balaão, e chegaram em sua casa prometendo-lhe grande honra e riquezas se ele amaldiçoasse esse povo. Um homem cujo coração seguia a Deus 100% não iria vacilar; ele mandaria embora novamente os príncipes, como Deus já havia deixado claro que era para ele não ir com eles. Mas Balaão não fez isso. Em vez disso, ele disse que iria verificar com Deus novamente. Embora isso ainda sendo bom e certamente não tão ruim, quanto ir com eles sem verificar com Deus primeiro, na verdade mostra um tipo de quebra, uma instabilidade, uma intenção de não mandar embora os representantes de Balaque e este ficar insatisfeito.

Balaão queria ir com eles, os presentes foram muitos e a honra foi demais para ele negar. Por outro lado, ele não queria desobedecer a Deus! Ele ficaria feliz se ele fosse lá, amaldiçoar Israel, obter as recompensas e também ficar bem com Deus. Quase a mesma coisa, acontece conosco; às vezes nós queremos fazer a nossa vontade, pensando assim que Deus irá mudar a sua. Deus vendo Balaão nesta fase, disse-lhe para ir, mas somente fazer o que Ele orientar (Números, 22.20). Na manhã seguinte Balaão levantou-se, preparou o jumento e foi com os príncipes de Moabe, todavia a sua intenção era desobedecer a Deus. Como resultado, a ira de Deus foi despertada e Ele enviou o Seu anjo para ficar contra ele. Deus sabia que Balaão não estava buscando sinceramente a sua vontade. Balaão teve sua vida salva, por sua jumenta, pois quando ela viu o anjo tentou evitá-lo. O anjo disse a Balaão para ir, mas para apenas dizer a palavra que Deus iria falar com ele. Por que Deus disse a ele "somente a palavra que eu vou falar para você, é a que você vai falar" (Números 22:35)? Este foi um aviso a Balaão para não desviar da Sua palavra. Como veremos, ele não prestou atenção a isso totalmente. Balaão, portanto, foi e encontrou com Balaque. Apesar disso Balaque o levou a vários lugares que tornaria mais fácil para ele amaldiçoar Israel, Balaão se mantinha preso ao que Deus lhe havia dito e falou apenas a Sua palavra que foram apenas bênçãos para Israel. Balaque ficou muito chateado! Aqui está o que ele disse a Balaão depois, que pela 3ª vez, que ele abençoou Israel: "Eu te chamei para amaldiçoar os meus inimigos, e olha, você tem fartura e os abençoou três vezes! Agora, pois, fuja para o seu lugar. Eu disse que seria de grande honra para você, mas na verdade, o Senhor te privou desta honra.” (Números 24:10-11).

BALAÃO, UM EXEMPLO A SER EVITADO.

Ai deles! Porquanto trilharam o caminho de Caim, ávidos pelo lucro se jogaram no erro de Balaão, e foram tragados pela morte na rebelião de Corá (Judas, 11).
Os quais, deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça. Mas teve a repreensão da sua transgressão; o mudo jumento, falando com voz humana, impedindo a loucura do profeta (II Pedro, 2.15,16).

Ao que parece, Balaão tomou a posição de Deus. Ele apenas falou Sua palavra e quando ele foi com os príncipes de Balaque ele só disse o que Deus queria que ele dissesse. Ele não se afastou Dele. Pode-se até perguntar por que II Pedro 2:15, bem como outras passagens que veremos depois irão apresentá-lo como um exemplo a ser evitado. Claro que ele queria ir para Balaque e talvez ele tinha seus olhos sobre os presentes. No entanto, parece que ele não diverge do que Deus disse a ele e, finalmente, ele deixou o local de mãos vazias. Ele obedeceu a Deus, apesar do fato de que isso significava a perda dos presentes e recompensas prometidas a ele. 
Balaão é mencionado como um exemplo a ser evitado em II Pedro, Judas e Apocalipse. Isto pode parecer injustificado pelos relatos que temos visto até agora, mas continuando, vamos descobrir o motivo.

“Agora, Israel permaneceu em Sitim, e o povo começara a cometer prostituição com mulheres moabitas. Elas [as mulheres de Moabe] convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses e o povo comeu e inclinou-se aos seus deuses. Assim Israel se juntou a Baal-Peor, a ira do Senhor se acendeu contra Israel. Então o Senhor disse a Moisés: "Toma todos os cabeças do povo e enforca os infratores perante o Senhor, diante do sol, e o ardor da ira do Senhor se retirará de Israel. Então Moisés disse aos juízes de Israel, "Cada um de vocês matem os seus homens que se juntaram a Baal-Peor...... E aqueles que morreram daquela praga foram 24.000." (Números, 25.1-9).

Como é que isto aconteceu, como que as mulheres de Moabe sabiam como seduzir os israelitas? Como é que aconteceu, para que viessem e os fizessem cometer prostituição com elas, convidou-os para os seus sacrifícios e os fez se curvar aos seus falsos deuses? Deus estava descontente, a sua ira foi despertada e 24,000 israelitas perderam a vida na praga que se seguiram. Quem realmente concebeu estes planos perversos que trouxe tanta destruição para Israel? Números 31:15-16 e Apocalipse 2:14 nos dá a resposta.
"E Moisés disse-lhes:" Deixaste viver todas as mulheres? Olha o que essas mulheres causaram aos filhos de Israel, por conselho de Balaão, a transgressão contra o Senhor no incidente de Peor, e houve a praga entre a congregação do Senhor "(Números, 31.15,16). 

Em Apocalipse 2:14, o Senhor Jesus está falando com o anjo da Igreja em Pérgamo.
"Mas eu tenho algumas coisas contra você, porque você tem lá os que seguem a doutrina de Balaão, que ensinou Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, para comerem coisas sacrificadas aos ídolos, e se prostituírem."

CONCLUSÃO:
O professor que ensinou Moabe como fazer Israel tropeçar foi Balaão. Nós já vimos como ele estava inclinado para presentes e honra. 
Até o momento de Números 24 Balaão era um profeta de Deus, um porta-voz de Deus. Ele estava caminhando no caminho certo, mas não se manteve até o fim. Ele eventualmente deixou-o e extraviou-se, porque "ele amou o prêmio da injustiça". Ele começou bem, mas teve um fim terrível. O importante não é só começar no caminho certo, mas é manter-se nele até o fim. Balaão começou bem, mas não continuou assim. Ele finalmente foi morto pelos israelitas quando assumiu Midiã. No relato de sua morte (Josué 13:22), ele não é mais chamado de "profeta", mas "adivinho". Ele começou como um profeta, um porta-voz de Deus, mas terminou como adivinho, inimigo de Deus. 
Que os "profetas" da atualidade não sigam o mal exemplo de Balaaõ, que preferiu os presentes e honrarias do rei Balaque em detrimento da sua obediência a Deus. 
O verdadeiro profeta não aceita ser comprado por presentes e honrarias, porque ele tem um compromisso com Deus e com a sua palavra. 

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